Tudo é comunicação!
*Anelise Colet
Concorda, caro leitor?
Não é necessário explicar o significado dessa palavra, que tem mais de cem definições, e diversas aplicações, a ninguém. O conceito, já assimilado, é compreendido, incorporado e utilizado por todos.
Você já percebeu como estamos nos apropriando das formas de comunicação atualmente? Ao longo das últimas três décadas do século XIX era comum ouvirmos que estávamos na “Era da Comunicação”. Esse conceito surgiu com o crescimento no número de tecnologias de informação e comunicação, maiores responsáveis pelo aprofundamento internacional da integração econômica, social, cultural e política denominada Globalização. Os teóricos e estudiosos contemporâneos já não se referem dessa forma quando abordam a facilidade de comunicar, porém não deixam de considerar a transformação que as novas tecnologias proporcionam. Se agora a Era da Comunicação cedeu lugar a Era Digital, o que vemos acontecer é a comunicação instantânea, a conexão.
Perceba, caro, que o objetivo principal ainda continua o mesmo: o homem. Independentemente do meio, do suporte, do canal, do instrumento, do código, ou qualquer outra variante, sempre falaremos sobre atingir pessoas. Quando o ser humano conta com a primeira tecnologia disponível, sua boca, ou quando fica conectado a todo o planeta por meio de instrumentos sofisticados, o objetivo final da mais primitiva habilidade humana é o homem.
E os homens estão nas organizações. E nelas, a comunicação é considerada ferramenta estratégica nas relações profissionais. Intimamente ligada ao planejamento, à organização e à liderança, a comunicação organizacional eficiente modifica a realidade empresarial, influenciando clientes internos e externos, relacionando-se diretamente com os resultados diários.
Se é quase impossível que um profissional seja bem-sucedido sem que se comunique eficientemente, ao profissional de secretariado, da mesma forma, é fundamental. O papel do secretariado nas organizações, ampliado a partir do reconhecimento profissional e de novas exigências, perpassa suas múltiplas instâncias. Somos aqueles que conhecem toda a empresa, que contatam gestores, colaboradores e clientes. E mais: o profissional de secretariado tem a importante tarefa de promover a interação através de uma comunicação linear, correta, acurada.
Lembro, como se hoje fosse, a primeira aula de Língua Portuguesa no Curso de Tecnologia do Secretariado. A professora, interessada em despertar nas novas alunas o interesse pela boa escrita, apresentou-nos um divertido texto de Izidoro Blikstein intitulado “Quem não escreve bem... perde o trem!”. Nele um gestor solicita à sua secretária, que providencie uma viagem de negócios para o dia seguinte. A história se desenrola a partir de um bilhete mal escrito e você já pode imaginar o seu desfecho.
Bilhetes, recados, circulares, ofícios, requerimentos ou qualquer produção textual que passe pela mão de um profissional de secretariado não pode ser mal escrito. A importância de uma comunicação, interna ou externa, de uma organização não pode ficar a mercê de equívocos, de duplos sentidos ou de interpretações errôneas. Da correta expressão depende, muitas vezes, o sucesso de um projeto. Por isso a exigência técnica de domínio do idioma precisa ser requisito para seleção e contratação desse profissional.
Dividir para conquistar! Esse é o espírito da comunicação nos nossos dias. Nesse primeiro texto toco no assunto de forma abrangente para apresentar e para contextualizar. Nos próximos, vamos discutir especificidades da importância do tema para o profissional de secretariado nas organizações.
O texto de Izidoro Blikstein você pode conferir nesse link:
Até breve, pessoal!
*Anelise Colet é Secretária, graduada em Tecnologia do Secretariado pela Faculdade Brasiliense de Educação, acadêmica de Letras/Espanhol pela Universidade Federal de Pelotas, leitora e apreciadora de bons textos.
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