terça-feira, 24 de maio de 2016

A era da polivalência




A era da polivalência

Olivo Tiago Giotto*


     O cenário econômico atual é muito incerto. O Brasil enfrenta uma das suas mais severas instabilidades político-econômicas de sua história. Esta instabilidade ocasionou um descrédito externo para investimento no país.

     Internamente as empresas estão permanentemente revendo seus custos, otimizando processos e cortando gastos, principalmente, com pessoal. São apresentados nos mais diversos meios de comunicação, notícias do fechamento de postos de trabalho e, até mesmo, de empresas.

     É, sem sombra de dúvida, um momento muito delicado para quem perde o seu emprego. No entanto, para as empresas o enxugamento de postos de trabalho pode ser a única forma de poder salvar o negócio e vencer este momento sombrio.

     Na hora de efetuar cortes na área de pessoal, algumas empresas procuram levantar critérios para o desligamento. Existem empresas que adotam o critério do desempenho. Assim, se recorre aos bancos de dados e às avaliações de desempenho anteriores para encontrar indícios de desempenho decrescente anterior.

     Para atravessar períodos difíceis as empresas precisarão contar com um perfil especial de equipe. Precisará de pessoas que conseguem produzir mediante relativa pressão. A pressão pode ser interna e/ou externa. Será interna quando os níveis superiores aumentarem metas e desafios em geral. Será externa por parte do cliente que está a cada dia que passa com menos dinheiro disponível e quer o melhor produto ou serviço.

     Além de produzir mediante pressão, é fundamental ser polivalente. Períodos adversos exigem a capacidade de fazer mais de uma atividade ao mesmo tempo. Seja no gerenciamento ou na busca e sistematização de informação que servirão para futuras tomadas de decisões.

     O profissional de Secretariado Executivo tem sua formação desenvolvida dentro deste contexto. Ao observar a composição do currículo de sua formação é comum encontrar disciplinas que desenvolvem sua capacidade técnica e humana para fazer frente com naturalidade ao cenário que se apresenta.

     No que se refere à capacidade técnica de sua formação, constata-se o conhecimento sistêmico das empresas a partir das disciplinas do eixo Assessoria Executivo. Estas desenvolvidas mediante as disciplinas de gestão administrativa e secretarial. Também se soma as mais variadas atividades oriundas das práticas, as quais desenvolvem habilidades na interface cotidiana organizacional. Já das capacidades humanas, o respaldo é oriundo de várias disciplinas que têm como objetivo o desenvolvimento de atitudes de flexibilidade, trabalho em equipe, engajamento, relacionamento interpessoal, comunicação oral e escrita, solução de conflitos, entre outros. O que conferem um caráter de adaptabilidade interpessoal e presença proativa do profissional em momentos mais delicados.

     As empresas que podem contar com os atributos deste profissional polivalente em momentos conturbados como os atuais, com toda a certeza apresentam condições de uma alternativa diferenciada e combativa à altura dos desafios que se apresentam. Trata-se de um profissional com capacidade de entender a gravidade do momento e fixar-se nas dimensões das oportunidades que também se apresentam em todos os momentos críticos
                                                                                                                                                         

*Olivo Tiago Giotto possui graduação em Administração e Especialização em Gestão de Recursos Humanos pela Universidade de Passo Fundo, na qual atua como docente no curso de Administração. É Coordenador Adjunto do Curso de Administração Campus Sarandi da Universidade de Passo Fundo. Mestre em Administração pelo Programa de Mestrado em Administração da Fundação Universidade de Blumenau - SC.

2 comentários:

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    1. Ficamos felizes que tenha gostado. Acompanhe o blog semanalmente, que verá mais textos bacanas como estes.

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