A era
da polivalência
Olivo Tiago Giotto*
O cenário econômico atual é muito incerto.
O Brasil enfrenta uma das suas mais severas instabilidades político-econômicas
de sua história. Esta instabilidade ocasionou um descrédito externo para
investimento no país.
Internamente as empresas estão
permanentemente revendo seus custos, otimizando processos e cortando gastos,
principalmente, com pessoal. São apresentados nos mais diversos meios de
comunicação, notícias do fechamento de postos de trabalho e, até mesmo, de
empresas.
É, sem sombra de dúvida, um momento muito
delicado para quem perde o seu emprego. No entanto, para as empresas o
enxugamento de postos de trabalho pode ser a única forma de poder salvar o
negócio e vencer este momento sombrio.
Na hora de efetuar cortes na área de
pessoal, algumas empresas procuram levantar critérios para o desligamento.
Existem empresas que adotam o critério do desempenho. Assim, se recorre aos
bancos de dados e às avaliações de desempenho anteriores para encontrar indícios
de desempenho decrescente anterior.
Para atravessar períodos difíceis as
empresas precisarão contar com um perfil especial de equipe. Precisará de
pessoas que conseguem produzir mediante relativa pressão. A pressão pode ser
interna e/ou externa. Será interna quando os níveis superiores aumentarem metas
e desafios em geral. Será externa por parte do cliente que está a cada dia que
passa com menos dinheiro disponível e quer o melhor produto ou serviço.
Além de produzir mediante pressão, é
fundamental ser polivalente. Períodos adversos exigem a capacidade de fazer
mais de uma atividade ao mesmo tempo. Seja no gerenciamento ou na busca e
sistematização de informação que servirão para futuras tomadas de decisões.
O profissional de Secretariado Executivo
tem sua formação desenvolvida dentro deste contexto. Ao observar a composição
do currículo de sua formação é comum encontrar disciplinas que desenvolvem sua
capacidade técnica e humana para fazer frente com naturalidade ao cenário que
se apresenta.
No que se refere à capacidade técnica de
sua formação, constata-se o conhecimento sistêmico das empresas a partir das
disciplinas do eixo Assessoria Executivo. Estas desenvolvidas mediante as
disciplinas de gestão administrativa e secretarial. Também se soma as mais variadas
atividades oriundas das práticas, as quais desenvolvem habilidades na interface
cotidiana organizacional. Já das capacidades humanas, o respaldo é oriundo de
várias disciplinas que têm como objetivo o desenvolvimento de atitudes de
flexibilidade, trabalho em equipe, engajamento, relacionamento interpessoal,
comunicação oral e escrita, solução de conflitos, entre outros. O que conferem
um caráter de adaptabilidade interpessoal e presença proativa do profissional em
momentos mais delicados.
As
empresas que podem contar com os atributos deste profissional polivalente em
momentos conturbados como os atuais, com toda a certeza apresentam condições de
uma alternativa diferenciada e combativa à altura dos desafios que se apresentam.
Trata-se de um profissional com capacidade de entender a gravidade do momento e
fixar-se nas dimensões das oportunidades que também se apresentam em todos os
momentos críticos
*Olivo Tiago Giotto possui graduação em Administração e Especialização em Gestão de Recursos Humanos pela Universidade de Passo Fundo, na qual atua como docente no curso de Administração. É Coordenador Adjunto do Curso de Administração Campus Sarandi da Universidade de Passo Fundo. Mestre em Administração pelo Programa de Mestrado em Administração da Fundação Universidade de Blumenau - SC.
Texto excelente!
ResponderExcluirFicamos felizes que tenha gostado. Acompanhe o blog semanalmente, que verá mais textos bacanas como estes.
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